23/09/08

Uma visão, tua cara














Qual a mágoa que sara?
Qual a força me agarra?
Uma consciência pesada
Uma visão, tua cara

Qual angústia, qual drama
Qual murmúrio me espanta
Se não há pergunta que me inflama?
Se não há um posto não há nada
Porquê teu rosto, tua cara ?

Não há razão para isso
Nem emoção nem há risco
Um abstracto conquisto
Um disparato paraíso

Tal um quadro fixo nas paredes da mente
Um muro liso que no ar me suspende

Esse olhar diferente ficou-me no inconsciente
Esse teu sorriso será que é um aviso?
Será que é um sinal, uma esperança enterrada?
Ou coincidência banal, uma visão, tua cara..

Bruno Fernandes 


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